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NOTÍCIAS

04/11/20

Sustentabilidade na obra: o que isso tem a ver com o seu bolso?

Muito se fala sobre sustentabilidade. Mas como fazer ir além de simples marketing em uma construtora?

A sustentabilidade tem muitos veios. Pode vir de um projeto bem pensado, onde a iluminação e ventilação naturais sejam observadas – o que trará, consequentemente, menos gastos em energia com refrigeração, por exemplo. Pode ir além, com projeto de reuso das águas, sejam da chuva, coletada através de calhas e outros,  e posteriormente armazenada;  ou da própria casa, vinda da água das lavação de roupas e/ou do banho para limpeza de áreas externas, por exemplo. Ou de boas escolhas de materiais desde o projeto, propiciando menor gasto energético desde a construção da casa e/ou materiais que tenham como “bandeira” uma fabricação baseada na sustentabilidade ou com uso de matérias primas como tal.

Mas se construtora não levantar nessa bandeira, todo “ganho” pode ser perdido.  Ali, a sustentabilidade deve começar no levantamento correto dos materiais em termos de quantidade, bem como de um olho clínico  - e testagem  -  sobre a qualidade do mesmo. Segue pelo orçamento bem feito junto a bons fornecedores e entregas dentro de tempo hábil para não atrasar a obra. E planejar a obra de forma que tudo aconteça no tempo certo, sempre levando em conta as intempéries, nem sempre programadas.

E por fim, mas não menos importante, a organização do canteiro de obra. A diminuição do uso de madeiras não reutilizáveis, por exemplo, é uma delas. Pode ser pela escolha de container pronto para uso como escritório/depósito: reutilizável, otimiza tempo e espaço, além de dar uma segurança ímpar ao material. A escolha por andaimes metálicos, próprios ou alugados, é outra. A simples troca das escadas de madeira por escadas metálicas - e até bancos e mesas para refeições, porque não? O banheiro químico pode ser uma boa pedida, pela coleta responsável de dejetos. E porque não pensar mais além, com o uso de formas reutilizáveis para as estruturas de concreto e até o uso do próprio concreto aparente e outros materiais mais inteligentes como alternativa para a alvenaria tradicional que deixa tantos resíduos?

E se pensarmos de forma bem simples, a organização apropriada do canteiro - seja dos materiais recebidos, seja dos materiais descartados, o uso de EPIs, o uso racional da água ou até a simples limpeza já são um avanço para grande parte das obras. E até os cuidados com a já obrigatória separação por tipos de resíduos em caçambas. A obra anda melhor e até o seu bolso agradece - a curto, médio e longo prazo. . 

 

Joyce Diehl, arquiteta especializada em Branding, para a Construtora Embraconi.