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NOTÍCIAS

01/08/23

Revestimentos cerâmicos: o que sabemos sobre eles?

Os lançamentos e tendências em matéria de acabamentos acabam impactando diretamente na forma de trabalhar de uma equipe do setor de construção civil. O que pede treinamentos ou conversas com especialistas periodicamente.

Como no setor de revestimentos cerâmicos. E entre eles os hoje popularmente chamados de porcelanato, ainda pouco conhecidos, tecnicamente falando, mas já entre a preferência de fabricantes, especificadores e, consequentemente, consumidores finais. E indo além do tipo, as mudanças em termos de acabamentos, bordas, formatos. O que pede cuidados extras desde a compra, armazenamento, logística e principalmente colocação.

 E foi sobre esse tema o encontro da equipe de engenheiros, mestres de obra e equipes de colocadores terceirizados da Embraconi com o Engenheiro Marco Diehl um dos maiores especialistas no setor no Brasil, tanto em especificação quanto no assentamento preventivo dos materiais. Marco integra a equipe da Tecpar, empresa paulista especializada em soluções em revestimentos para grandes construtoras de todo o pais, incluindo o chamado Projeto de Viabilidade, análise do formato mais adequado considerando redução de perdas, recortes e mão de obra. E que já esteve junto à equipe  Embraconi na solução de outras demandas mais especificas.

Por exemplo, os formatos. Alguns, em alta no mercado, têm sua logística comprometida em apartamentos – e até algumas residências, por exemplo. Na entrega (muitos não cabem em elevadores, pedindo equipamentos diferenciados, como caminhão Munck e içamento, além de pessoal extra para a recepção, retirada e armazenamento dentro da obra. E, claro na colocação, não só com a contratação de mão de obra especializada, como de mão de obra extra para ajudar na colocação e materiais de apoio, como ventosas - para facilitar o manuseio - e outros equipamentos específicos.  Também a argamassa colante e até o rejunte são especiais. Fora questões relacionadas ao tamanho dos espaços, cada vez menores em alguns padrões e/ou tipos de obras, versus o tamanho dos revestimentos, cada vez maiores, em relações inversamente proporcionais, dificultando não só a colocação como o resultado estético.

Outra questão - meramente em relação à fabricação -  é que não só os formatos aumentaram como a espessura diminuiu. O ponto positivo é que pesam menos nas obras – sendo excelentes em condomínios verticais e para sobreposição (quando não se quer retirar o revestimento existente, muito comum em reformas). Mas pedem atenção maior na colocação, seja pela planitude (envergadura) das peças, seja pela forma de aplicação de argamassa especifica  -  e muito mais em caso de sobreposições.

Outro detalhe nem sempre levado em consideração nos projetos são os tipos de acabamento. Optando por acabamentos mais brilhantes, uma escolha focada na estética, o proprietário deveria ser alertado na menor segurança contra escorregões e tombos. Além de muitos serem mais facilmente danificados desde a obra (aumento de possibilidade de sofrer com abrasões - arranhões) – mesmo com todos os cuidados pós colocação tomados pelas boas construtoras da proteção dos mesmos pós instalação. Ou seja: além de pouco seguros, existe a possibilidade de danos antes mesmo de seu uso pelos proprietários, ainda durante a finalização da casa, como montagem de planejados e até mudança.

Outro fator a ser pensado é o detalhamento - projeto de colocação dos mesmos – geralmente feito pelos profissionais contratados pelo cliente ou lojistas mais atentos. Para quem tem expertise no assunto, parece ser fácil identificar o melhor desenho para cada uso. Degraus de escadas, por exemplo. Ou quinas de paredes (muito usadas em cozinhas e banheiros ou nichos em box de banho). O bom projeto deveria fugir da chamada “quina viva”, ou seja, a colocação em 45 graus entre um plano e outro. O corte dos revestimentos em 45 graus para dar bom acabamento as tais quinas, nem sempre responde nem aos resultados técnicos e/ou estéticos esperados: quebram com facilidade, podem se tronar materiais cortantes e não deixam um bom acabamento em relação ao conjunto (revestimento e rejunte).

O tema é longo e de extrema importância, bem sabemos. Assim como sabemos da importância da constante procura por conhecimento e melhorias em cada processo. A Embraconi sabe dos grandes desafios que tem pela frente, e tenta, com essas ações, minimizar os retrabalhos em obra, preparando equipe e prestadores de serviço, se afastando, cada vez mais, de ser uma mera construtora para se aproximar de seu lema: engenharia com excelência.  

Joyce Diehl, arquiteta, para a Embraconi